quarta-feira, 27 de novembro de 2019





Explorando o centro desconhecido

Existem pontos escondidos no centro de São Paulo que valem a pena ser visitados por quem quer sair do óbvio e se envolver com novos aspectos da cidade.


Museu dos Óculos Gioconda Giannini
 

O Museu dos Óculos Gioconda Giannini é um museu particular localizado na cidade de São Paulo. Foi fundado em 1996 pelo esteta óptico e designer de armação de óculos Miguel Giannini e teve como curador, Hélio Leites. O museu , que é uma mostra permanente, encontra se sediado em um casarao da década de 1920, hoje tombado como patrimônio, no bairro do Bixiga e sua entrada é gratuita.
O museu conta com um um acervo que possui armações de óculos usados por grandes nomes brasileiros, como Rita Lee, Debora Block, Goulart de Andrade e Hebe Camargo, além de mais de 700 pares de oculos originários do Brasil, China e outros países. Muitos desses acessórios são raros e datam mais  de 7 séculos, alem de replicas de peças mais antigas.
Integrado à loja do fundador do museu, o espaço é descrito como uma "loja-museu", uma forma recente de integração entre acervo expositivo e ponto comercial.
É apontado como o único museu de óculos do continente americano.O museu é listado  Guia de Museus Brasileiros do Instituto Brasileiro de Museus.




História do Museu

Miguel Giannini começou sua coleção pessoal de óculos por passa tempo através de doações feitas por clientes da ótica da qual era dono, Miguel Giannini Óculos. A coleçao era inicialmente um hobby. O museu foi fundado em março de 1996, com a decisão de abrir ao público a coleção pessoal; Miguel Giannini passou a obter cada vez mais peças por meio de leilões e antiquarios, como é o caso da peça mais antga do museu, que foi obtida em um antiquário na Itália.O Museu, que ocupa o segundo andar do casarão, divide espaço com uma das óticas de Miguel Giannini.

Gioconda Giannini, mãe de Miguel.

O nome Gioconda Giannini, que faz parte do nome do museu, é uma homenagem à mãe de Miguel.
Edifício
O edifício do museu, chamado na mídia de "castelinho azul e branco", foi construido em 1918 na Bela Vista. Bem tombado, é considerado um imóvel luxuoso. Esta localizado proximo ao Musseu Memória do Bixiga e ao Theatro Ruth Escobar. 


O Museu dos Óculos Gioconda Giannini é um museu localizado no Bixiga, um dos bairros mais tradicionais de São Paulo. O Bixiga, bairro fundado por imigrantes italianos, está situado na região do Centro de São Paulo e tem uma importância histórica, cultural e gastronômica muito ampla para a capital paulista.
O Museu dos Óculos, único no Brasil, encontra-se nessa localização privilegiada e foi fundado em março de 1996 pelo pioneiro esteta óptico, o descendente de imigrantes italianos Miguel Giannini. Está sediado no piso superior de um antigo casarão de 1918, agora tombado, em estilo neo-clássico, com dois andares, pertencente ao próprio Miguel Giannini, que recuperou o imóvel após sua aquisição. A restauração foi minuciosa e devolveu o estilo do palacete anteriormente destinado provavelmente à moradia de um grande empresário. O seu nome, Museu Gioconda Giannini, presta homenagem à mãe do esteta óptico, que junto com ele criou a primeira loja.
Detalhe que o primeiro piso do belo casarão branco e azul é ocupado pela Miguel Giannini Óculos, tradicional ótica paulistana e o piso térreo abriga um laboratório de produção de óculos.
O acervo do Museu dos Óculos teve início com a coleção particular de armações antigas de Miguel Giannini à qual foram se somando aquisições de várias procedências incluindo leilões, feiras de antiguidades e também doações espontâneas. Hoje, o museu tem em exposição cerca de 250 peças, menos da metade de seu acervo, segundo o colecionador.
Como é a visita ao Museu dos Óculos
O museu informa que oferece aos visitantes uma viagem de sete séculos através da história dos óculos, com uma coleção de exemplares do Brasil e de várias partes do mundo.
Logo na entrada não há como não admirar a bela construção, que manteve nos ambientes também internos as características originais, incluindo restauração de antigas pinturas das paredes. Uma tortuosa escadaria de madeira conduz o visitante ao hall de entrada do museu onde muitos certificados emoldurados do esteta óptico estão afixados nas paredes, adornando-as.

O acervo é separado por períodos históricos e cronologicamente, com os óculos expostos em vitrines que acompanham as paredes, cristaleiras ou até vitrines localizadas em parte central da sala que se parecem a uma “mesa de óculos”.
As peças expostas são na maioria das vezes originais e variam desde antigas raridades, óculos icônicos, peças utilizadas por artistas famosos e também algumas réplicas de origens mais remotas.

Estão expostos lorgnettes, aqueles antigos óculos de grau com duas lentes geralmente redondas e uma haste lateral na vertical para segurar com a mão, utilizados quase que como peça de joalheria feminina.
Outra peça que chama a atenção por sua beleza e história é um óculos-leque de tartaruga do século XVIII com lentes de grau nas duas pontas. Como os óculos foram confeccionados inicialmente para perto, portanto, para pessoas maiores de 40 anos, o preconceito de indicar a idade pela sua necessidade fez com que fossem utilizados artifícios para ocultar as lentes corretoras, como está apresentado na foto.
Na década de 1940 a tendência eram óculos com aros redondos enquanto que no final da década de 50 surgiu o estilo gatinho, que transformou os sérios aros em bela leveza. Esta seqüência está exposta no museu, bem como os óculos gigantes de plástico ou metal da década de 70, com suas lentes coloridas.
Lá você encontrará óculos que foram utilizados por famosos brasileiros como Elis Regina, Rita Lee, Hebe Camargo, Jô Soares e óculos que marcaram época na moda, o que foi relevante a partir dos anos 1970.
Você poderá ver também uma bela coleção dos primeiros estojos de óculos confeccionados em materiais como metal, couro ou tecidos bordados.
O espaço do museu é dividido por paredes em arco em salas que se identificam por nomes de profissionais da oftalmologia de destaque na cidade: Dr. Wilmar R. Silvino, óptico Raul Pinha, Dr. Rubens Belfort Mattos.
O museu também abriga entre as peças originais, máscaras usadas por pilotos ingleses durante a segunda guerra mundial e modelos exóticos.
Nas paredes estão registradas reportagens e fotos de personalidades como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que tiveram moldada sua expressão pelos óculos escolhidos e feitos por Miguel Giannini.
No espaço do museu há ainda um pequeno anfiteatro, alguns livros e catálogos especializados, objetos e máquinas antigas utilizadas por oftalmologistas, bem como uma parede com o croqui do casarão mostrando sua ampliação, além, claro, de muita informação.
No segundo piso está também a sala da administração, onde estava o gentil Harry, que me acompanhou e forneceu informações durante minha visita.
O interessante museu mostra a evolução da criação e progresso da fabricação dos óculos. O Museu dos Óculos chama a atenção para o momento em que essas peças passaram a pertencer ao vestuário e a seguir as tendências da moda e estilos de vida. De um invento que surgiu pela necessidade humana, evolução da ciência e disponibilidade de materiais, os óculos passaram a ser um acessório desejado, solares e também de grau, apresentados no museu como uma grata revisão da história desse ramo da oftalmologia.

Informações de interesse:
Endereço: Rua dos Ingleses, 108
Tel.:(11) 3149-4000
Horário de Atendimento:
De Segunda à Sexta das 9 às 19hs
Sábados das 9 às 13hs
É possível o agendamentos para grupos
Entrada gratuita
Há estacionamento gratuito com prestativos manobristas em frente ao museu.




A Casa de Dona Yayá

A casa de dona Yayá ou centro de preservação cultural da Universidade de São Paulo é um atrativo um tanto quanto desconhecido pelos turistas, embora seja um imponente casarão no Bixiga. É interessante falar dele porque além de abrigar uma história fantástica, simboliza o retrato de uma época paulistana e,como consequência, o reflexo da organização da sociedade durante o período.
O Centro de Preservação Cultural da USP se trata de um imóvel localizado na Bela Vista, na rua Major Diogo, 353. 
Não apenas a casa mas todos os pertences de Sebastiana de Melo Freire — a dona Yayá —,  após a sua morte (1961) foram transferidos como herança jacente para a Usp (1969), de acordo com a Lei Estadual nº 27.219-A, de 09 de janeiro de 1957. 

História de Yayá 




  • Nasceu em 1887, de família da elite paulista (pai eleito deputado para a Assembléia Provincial de São Paulo e senador pela Primeira República); 
  • quando criança suas duas irmãs morreram (a de 3 anos de asfixia e a de 13 anos, de tétano);
  • aos 14 anos, ela perdeu sua mãe e seu pai num intervalo de 2 dias;
  • Yayá tinha 14 anos quando seu irmão se suicidou numa viagem de barco;
  • órfã e única herdeira de uma fortuna, ficou sob a tutela de Manuel Joaquim de Albuquerque Lins, político que assumiu a presidência de São Paulo entre 1908 e 1912;
  • estudou no internato Nossa Senhora de Sion;
  • não quis se casar (todos os pretendentes estariam interessados em seu dinheiro) numa sociedade na qual as mulheres eram criadas para o matrimônio;
  • morou num palacete na 7 de abril (hoje Galeria das Artes e Galeria Sete de Abril, passagem para a Biblioteca Mário de Andrade);
  • interessada em artes, recebia e promovia muitos artísticas, mesmo que a época sendo de repressão;
  • em 1918, certa de que iria morrer, distribuiu joias entre os empregados e começou a escrever um testamento;
  • em 1919, tentou suicídio e foi internada em um sanatório;
o casarão na 7 de abril foi considerado inadequado para sua estadia e suposta recuperação, assim foi adquirida a casa na Major Diogo. Houveram muitas brigas pela fortuna, mas Yayá foi a última de seus parentes a morrer, em 1961, aos 74 anos. O patrimônio deixado incluía 41 casas na cidade de São Paulo, 2 edifícios (na rua Augusta e na rua Mello Alves), grande parte do edifício Veneza, uma chácara em Mogi, além de títulos, terrenos, imóveis, dinheiros em contas bancárias etc. 


História do casarão

Yayá foi internada em um hospital psiquiátrico em 1919 e considerada “incapaz de administrar sua fortuna”. A internação causou bastante comoção na sociedade paulistana da época e, por isso, após um ano de internação ela foi transferida pela família, seguindo conselhos médicos. O local escolhido foi uma chácara na periferia, já que o objetivo era se manter longe do movimento central da cidade e evitar a polêmica, pois o fato foi alvo de matérias de jornais sensacionalistas etc.

Assim, no começo da década de 20, ela passou a viver “num local tranquilo”, sendo vigiada e supostamente cuidada por familiares e empregados. Yayá ficou reclusa no casarão da Major Diogo por 40 anos.

A Casa de Dona Yayá é tombada pelo Estado de São Paulo, desde 1998, e pelo Município, desde 2002, CONDEPHAAT e CONPRESP, respectivamente.


 A gestão atual e usos da Casa

O Centro de Preservação Cultural (CPC) foi criada em outubro de 2002. É um órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São  Paulo (PRCEU), que possui 11 órgãos sob sua gestão.


Diretrizes estratégicas do CPC

Sobre a missão:

promover ações e reflexões de caráter acadêmico e de extensão universitária em  torno da temática do patrimônio cultural, assessorar a Universidade nas questões relativas à inventariação, preservação, intervenção, divulgação, incorporação e alienação dos bens culturais, e, ao mesmo tempo promover a extensão universitária, por meio de cursos, oficinas, seminários, palestras, exposições e publicações.


Diretrizes estratégicas da PRCEU

A missão:
disseminação, em seu âmbito, dos valores essenciais à vida acadêmica, entre os quais ressalta o zelo constante pela excelência das relações com a sociedade.

Premissas orientadoras do trabalho (valores):

  • mobilizar alunos da comunidade para novas formas de manifestações artísticas e culturais;
  • estimular a participação externa, através de Conselhos Consultivos, em todos os  órgãos da Pró-Reitoria;
  • desenvolver atividades conjuntas com Unidades de Ensino e Pesquisa, Institutos Especializados e Museus, a partir do entendimento de que são centros de pesquisa especializados dinâmicos que ajudam a analisar o passado, entender o contemporâneo e pensar o futuro;
  • assumir uma postura crítica em relação aos meios de comunicação de massa dada a  sua importância quanto ao seu papel formador da cultura na sociedade brasileira e latino-americana.

O JARDIM SUSPENSO DO EDIFÍCIO MATARAZZO



No centro da cidade em uma das pontas do Viaduto do Chá fica um prédio que marcou a história da capital paulista. Nos dias atuais, sede da Prefeitura de São Paulo, o Edifício Matarazzo é um prédio de arquitetura majestosa, construído nos anos 1930 para ser sede das Indústrias Reunidas Matarazzo, na época uma das maiores empresas do país.

Projetado pelo arquiteto italiano Marcelo Piacentini, a grandiosidade do prédio tinha a intenção de mostrar o sucesso dos imigrantes italianos, que começaram a chegar ao Brasil no fim do século IXX e no início eram vistos com reservas. No saguão, com seu imenso pé direito e colunas romanas, se destaca na parede principal o enorme mosaico com o mapa do Brasil. Composta por um ateliê de Veneza, a obra teve a entrega atrasada por causa da Segunda Guerra e só chegou a São Paulo após o fim do conflito.
Com arquitetura no estilo neoclássico ele é todo revestido de mármore Travertino que foi trazido da Itália exclusivamente para esse empreendimento.



 Desde 2004 até os dias atuais o edifício abriga o gabinete de prefeito e várias secretarias municipais.
Quem olha para o alto do edifício se surpreende com as arvores no terraço que podem ser vistas ao longe, porém o que muitas pessoas não sabem é que esse terraço abriga um lindo jardim suspenso com mais de 400 plantas de espécies diversificadas incluindo palmeiras de 8 metros de altura.



O jardim leva o nome do jardineiro, Walter Galera, que dedicou toda sua vida a cuidar do jardim ate sua morte em 1995 e Tem ainda um lago de carpas, com uma piscina que exibe os azulejos originais da construção.



A exuberância da vegetação chama a atenção por ser incomum em meio aos arranha céus do centro, mas também é muito impressionante a vista que se tem lá do alto.  De lá é possível ver todo o Vale do Anhangabaú, o Teatro Municipal e vários ícones da arquitetura do centro velho, como o Edifício Altino Arantes, conhecido como Banespão, com a bandeira de São Paulo no alto da torre. 



A boa noticia é que é possível visitar o espaço!
 A visita ocorre duas vezes por dia, às 14h30 e 16h30, de segunda a sábado, desde que não esteja chovendo. É gratuita e limitada a dez pessoas em cada horário. Basta chegar, com um documento com foto, e colocar o nome na lista, que começa a ser elaborada uma hora antes do horário marcado. E se estiver com amigos que não falam português, não tem problema: a visita, realizada por guias da SPTURIS, também pode ser feita em inglês ou espanhol.

Terraço da Galeria do Rock


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A Galeria do Rock, oficialmente Centro Comercial Grandes Galerias, é um centro comercial localizado na cidade de São Paulo. Foi inaugurada em 1963 no número 439 da Avenida São João, no centro da capital de São Paulo, entre as ruas 24 de Maio e o Largo Paysandu. Projetado pelo arquiteto Alfredo Mathias,o edifício é dono de uma arquitetura bastante incomum, se comparado aos demais prédios do centro da cidade e o seu terraço ficou por anos fechado.

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Apesar de estar relativamente espremida entre dois prédios antigos, a construção não deixa de exaltar toda a sua arquitetônica beleza em seus sete andares, contando com o subsolo. Atualmente possui 450 estabelecimentos comerciais, com predominância para o comércio de produtos relacionados ao gênero rock, hip hop e artigos para skatistas, mas que atendem também àqueles que procuram artigos esotéricos ou da saga de livros Harry Potter, fãs de basquete americano e amantes de músicas antigas. É um dos principais points de tribos urbanas, ou subculturas, no centro de São Paulo. Por lá, passam em média 25 mil pessoas por dia, número que chega a 35 mil aos sábados e domingos. O espaço consagrou-se como atração turística na cidade.
O cenário é um dos prédios mais emblemáticos do Centro de São Paulo. A Galeria do Rock ganhou tem um terraço diferente. O ambiente do Galeria Ink é dividido em três áreas de convivência, sendo o bar, uma loja com um estúdio de tatuagem e o terraço, um espaço amplo, arborizado e descolado. Grafites e mesas pretas retangulares dão vida ao rooftop. Há ainda uma horta comunitária que fornece temperos para os restaurantes da Galeria.
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A experiência é válida especialmente para quem gosta de Rock e quer ter contato com a cultura underground de SP e com uma linda vista do centro da cidade.

Rua 24 de maio, 62 –  5° andar – Galeria do Rock
Paga só o que consumir.
Aberto de segunda a sexta-feira das 10h às 19h. Aos sábados, das 10h às 18h. Fecha aos domingos.






















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